Porque no final do ano tantas pessoas nos falam de Previdência Privada?
A compreensão do porquê se dará ao final deste post.
Inicialmente, precisamos saber o que é Previdência Privada.
Ao contrário do que muitos dizem e pensam, não se trata valores poupados para fins de garantir uma aposentadoria complementar à proporcionada pela Previdência Pública. Esta é, apenas, uma das possibilidades que se nos apresenta.
Algumas empresas de previdências privadas existentes no mercado, realmente, foram criadas com a finalidade específica de fazer este complemento da tão sonhada “aposentadoria”.
No Brasil temos dois tipos de instituições de previdência: a Fechada e a Aberta.
Como no exemplo acima, as empresas de previdência fechadas são de acesso restrito a empregados de uma determinada empresa ou associação, que as constituíram com a finalidade única de atender a seu público interno.
Já as empresas de previdência aberta, sobre as quais escreverei, oferecem seus “planos de aposentadoria” a todas as pessoas físicas ou jurídicas, independentemente da existência de um vínculo anterior.
Face à importância de que se reveste dentro do Sistema Financeiro Nacional, e porque não dizer, PESSOAL, ambos os tipos de empresas são fiscalizadas e sujeitas às normas emitidas por:
- Previdência Fechada: Conselho Nacional de Previdência Complementar e PREVIC
- Previdência Aberta: Conselho Nacional de Seguro Privado e SUSEP
Bom, eu prefiro encarar as Previdências (ou Planos de Previdência) como sendo uma oportunidade de me preparar para o futuro, sem limitar meu horizonte à “aposentadoria”. Por isso, quando apresento a amigos e clientes a possibilidade de investir em Previdência, estou dizendo, com outras palavras: invistam em seu futuro.
As opções de investimento hoje oferecidas pelo mercado são inúmeras, mas nem todas são indicadas para “você”, ou seja, há um portfólio que melhor se adapta a suas características como investidor e como pessoa, o que comumente é chamado de “Perfil do Investidor”.
São duas modalidades de previdência oferecidas:
- PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre: é, genuinamente, um plano de previdência com finalidade de complementação da aposentadoria.
- VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre: é, na verdade, um seguro de vida com plano de pagamento de benefícios associado.
Tributariamente, as duas modalidades tem diferenças cruciais e seu conhecimento não é tão simples quanto muitos ditos “consultores” tentam fazer parecer.
Não se trata de um simples planejamento para a aposentadoria, mas envolve todo um planejamento financeiro e tributário, não só do investidor, mas também de seus entes familiares.
É um plano de vida!
De um modo simplificado, diz-se: “Se tem rendimentos tributáveis, analise o PGBL, pois você pagará menos imposto de renda. Se não tem, invista em VGBL”. Mas isto não é bem verdade. Tem-se que analisar, minuciosamente, as características que cercam o investimento.
Algumas verdades:
Ser previdente não combina com deixar para os últimos dias do ano a análise de seus investimentos em Previdência.
- Aplicar em PGBL não lhe fará pagar menos imposto de renda, mas postergar seu pagamento. Eventualmente, dependendo de seu planejamento, a redução da carga tributária poderá ocorrer.
- Planos de Previdência não são todos iguais, ainda que tenham apelidos parecidos.
- Sei que, agora no final do ano, é comum uma enxurrada de ligações, e-mails, mensagens e propagandas oferecendo inúmeros benefícios e facilidades.
CUIDADO!!!
Procure sempre ajuda para escolher a melhor forma de investir em seu futuro.
Converse com seu Contador, ou com um consultor devidamente qualificado.
Ambos lhe auxiliarão a decidir sobre a melhor forma de investir.
NÃO ENTREGUE NAS MÃOS DE OUTROS O SEU FUTURO!
A DECISÃO DEVE SER SUA, POIS POR MAIS QUE AS PESSOAS LHE QUEIRAM BEM, NINGUÉM LHE CONHECE TÃO BEM QUANTO VOCÊ MESMO!